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Marcelo Grassmann
Sua Vida e Sua Casa


Sua Casa

A homenagem a Marcelo Grassmann foi idealizada pela cidadã simonense Nazira Geraigire Pereira Vianna no Centro Cultural ESPADE (Escola Paulista de Arte e Educação) e levada adiante por Antonio de Freitas Maia. A Casa da Cultura foi inaugurada em 03 de março de 1.979 às 10h num sábado e tem como princípio homenagear o grande mestre da gravura Marcelo Grassmann, o primeiro artista brasileiro a ter em vida a casa onde nasceu preservada para a memória nacional.

O local, com 900 metros quadrados de terreno e 300 metros quadrados de área construída pertencente a Otto Grassmann e foi uma doação da família Grassmann ao município. O tombamento foi assinado pelo então Secretário de Estado da Cultura Max Feffer e a restauração foi de projeto do CONDEPHAAT com execução do DOP (Departamento de Obras Públicas do Estado) num prazo de 120 dias. O local preserva todas as características de um dos exemplares de residências construídas por imigrantes alemães em São Simão.

A casa foi feita em alvenaria e madeira com estilo germânico e fachada de chalé. Sua grade frontal em ferro trabalhado em flor-de-lis e a águia real são de grande importância arquitetônica. Observando-se seus detalhes cuidadosamente podemos notar projeções de imagens que sugerem monstros e fantasmas. Isso com certeza influenciou a obra de nosso mestre.

Criado para desenvolver atividades usando principalmente o ensino de técnicas ligadas à arte o projeto tem como real finalidade desenvolver a arte popular local representando assim um grande passo para a cultura do interior, esta que infelizmente é ignorada por falta de oportunidade. A "Casa Grassmann" é apropriada a eventos artísticos, palestras, exposições, cursos, com o objetivo de motivar a criatividade e promover o despertar dos simonenses à beleza das diversas modalidades artísticas. Isso é importante para que novos talentos possam surgir. Foi preconizada para ser um ativo centro cultural regional que funcionasse como um núcleo didático de técnicas artísticas.

O primeiro curso promovido foi de artesanato e teve a coodenação de Luis Antonio Fiorini. O objetivo inicial era transformar a casa num museu com obras de Marcelo além de documentação fotográfica, escrita e sonora sobre o artista e sua família. Mas Grassmann é contra. Quer apenas ver exposto alguns de seus quadros (29 no total, que datam de 1.948 a 1.978). A casa deve abrigar também exposições de outros artistas simonenses transformando-se assim num centro ativo.

Algo que ficou só no papel: a casa constituiria um núcleo apropriado de gravuras, para o ensino desta técnica aos jovens da cidade e da região. Previa-se a instalação de uma prensa e outros instrumentos de gravação.

No dia da inauguração da Casa de Cultura Marcelo Grassmann lançou-se também um livro editado pelo "Centro Cultural ESPADE" com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura. Este contem um ensaio crítico de Jacob Klintowitz e um dossiê sobre a Casa de Cultura e seus dados. Neste dia esteve presente Orlando Da Silva, autor do livro “A arte maior da gravura”, onde consta um capítulo sobre Marcelo Grassmann intitulado “O Senhor Gravador”. Lygia Fagundes Telles entre outros ilustres também marcaram presença. Na época São Simão tinha 7.000 habitantes e muitos compareceram.

Preservar este marco de nossa cultura é muito importante para manter as características próprias das cidades do interior que ainda não sofreram especulações imobiliárias.

Na época, Padre Plínio era nosso prefeito e Paulo Egydio Martins era governador do Estado.

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