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Ninguém melhor do que o grande chefe republicano, Rodolfo Miranda (Senador), que tomou parte ativa no movimento, para contar o que foi esse movimento iniciado aqui em São Simão, conforme declarações prestada por ele ao jornal “A Noite” do Rio de Janeiro, a 14 de Novembro de 1939, por ocasião do cinqüentenário da Proclamação da Republica:

“O ponto capital da propaganda republicana foi, no seu modo de entender, o movimento das Câmaras Municipais paulistas quando resolveram pedir que se consultasse à Nação sobre a forma de governo que se devia dar ao Brasil. Essa iniciativa partiu da Câmara de São Simão, na qual os republicanos tinham maioria. Foi sem dúvida um ato revolucionário.

O episódio de São Simão foi conseqüência de entendimento prévio com Quintino e só se verificou depois de sua aprovação e dos chefes paulista. Foi portanto, uma atitude conspiratória nas suas origens e revolucionária nos seus resultados. Pode-se afirmar, sem temor, que data daí o enorme desenvolvimento que teve em São Paulo a causa da República”.

Entre as muitas manifestações de Câmaras Municipais tomadas depois e a exemplo da de São Simão, todas pedindo a revogação do art. 4.º da Constituição de 1824, Pode-se destacar as seguintes: A de São João da Boa Vista em 06/02/1888 quando 3 vereadores apresentam Indicação nos mesmos termos da de São Simão e que foi comentada por Teófilo de Andrade em o seu livro “Subsídios à História de São João da Boa Vista”:

“A sessão histórica de São Simão realizou-se a 31 de Janeiro de 1888. Aqui em São João, na sessão de 6 de Fevereiro de 1888 ocorreu idêntico feito, já lembrado há anos em uma das Folhas locais”.

Em Itatiba, na sessão de 15 de Fevereiro de 1888 foi apresentada Indicação igual à de São Simão, tendo também seus Vereadores ficado suspensos mais tarde.

Em Itu, também a 15 de Fevereiro de 1888 dois Vereadores apresentam Indicação igual, o que vem demonstrar que São Simão fez o movimento antes do que Itu.

Em Campinas, a 26 de Fevereiro de 1888, durante uma conferência republicana feita por Silva Jardim, Francisco Glicério apresentou e foi votada “uma moção dando inteira adesão ao movimento iniciado pelas Câmaras Municipais do Brasil” (movimento esse iniciado em São Simão).

São Vicente também logo aderiu pedindo a revogação do art. 4.º. E a 11 de Agosto de 1889 (1 ano e 7 meses depois de São Simão), houve em São José do Rio Pardo um movimento popular com repressão policial, da qual resultou algumas pessoas saírem feridas.

O Senador Rodolfo Miranda em suas declarações ao jornal “A Noite” do Rio de Janeiro, contava:

“A 15 de Novembro de 1889 eu me encontrava em São Simão, onde recebi, a noite, um telegrama de Aristide Lobo nos seguintes termos:A República proclamada. Proclame-a aí. Pela manhã do dia seguinte saí muito cedo de minha fazenda (Aretuzina), a uma légua de distância, para São Simão, e logo convoquei o povo para a praça pública e aí, às 9 horas, depois de um bom discurso exaltando o novo regimen, cumpri as ordens de Aristides, isto é, proclamei a República nesse rincão paulista, noticia essa que foi acolhida debaixo dos mais delirantes aplausos, tendo aderido ao movimento a Força Policial destacada ao município, com o respectivo comandante”.

Fonte: Revista Comemorativa do 139º Aniversário de São Simão - 1974

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